25/11/2020 Por 3S Corp 0

E este câmbio: aonde vai parar o dólar?

Aonde vai parar o dólar? Certamente é a pergunta mais recorrente que recebemos nos últimos tempos.

Vamos lá…

Porque no Brasil o dólar é mais volátil?

Existem 2 principais fatores além de todo o aspecto macroeconômico. Primeiro: corrente comercial fechada. Dado ao tamanho e possibilidade do Brasil, o país importa e exporta muito pouco. Segundo dos aspectos específicos do Brasil: tudo acontece muito rápido Brasil. Quando o ambiente está favorável a investimentos, acontece uma entrada de caixa; quando acontece algum fator negativo, a saída de caixa é, de igual forma, rápida. Tudo muito rápido justamente por conta do sentimento que os investidores estrangeiros têm para com o Brasil. Ambiente incerto gera esta volatilidade maior.

Qual o dólar ideal?

Economistas defendem a tese de que o dólar ideal é algo que fique próximo dos R$ 4,00. Há quem venha dizer que o dólar alto melhora o saldo de balança comercial, que se torna superavitária e estimula as exportações. Mas isso não é bem assim. Todo mundo que compra do Brasil (importadores estrangeiros) sabem deste fator de desvalorização do real frente ao dólar e pressionam os preços junto ao fornecedor, leia-se exportador brasileiro. Não há almoço grátis e quem compra precisa entender o cenário que quem vende está inserido. Portanto, para fins de um equilíbrio, dólar a R$ 4,00 seria um patamar ideal tanto para exportadores quanto para importadores.

Mas pra onde vai o câmbio?

Há quem diga que se as reformas estruturais no Brasil não forem aprovadas (tributária, fiscal…) o dólar pode chegar a R$ 6,70, R$ 7,00. A política do Paulo Guedes é de deixar o câmbio flutuante, sem maiores intervenções. E tudo impacta no câmbio: redução da Selic, eleições americanas, acordos bilaterais… Este é o desafio dos economistas e hoje, os mais sensatos, acabam não fazendo qualquer aposta do patamar do câmbio para 2020.

E como se proteger?

Esta sim é fácil: fazendo Hedge das operações. Os bancos e especialistas em câmbio conseguem orientar com algumas ferramentas financeiras uma proteção para esta oscilação do câmbio. Reserva em moeda estrangeira no exterior (hedge natural em virtude exportações & importações), contrato a termo, fundo cambial, mercado futuro. Enfim… alternativas existem e quem quer dormir tranquilo, com previsibilidade do que irá pagar e/ou receber por negócios feitos no comércio exterior, hedge é fundamental.

 

Conteúdo por Por Lucas Schommer – CEO 3S CORP

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