10/06/2021 Por 3S Corp 0

O que é Hedge Cambial e como funciona na prática?

Operar com câmbio por si só é bastante arriscado, ainda mais neste cenário de muitas incertezas em que vivemos, com o dólar oscilando demasiadamente.

O Hedge Cambial é na verdade uma forma de precaução, comumente utilizada em casos de acordos firmados por longos períodos em que podem ocorrer diferenças nas cotações de moeda. Seu intuito proteger o fluxo de caixa e garantir margens de lucro, minimizando ao máximo perdas financeiras por conta da variação cambial, trazendo assim maior segurança tanto para empresas importadoras, quanto para exportadoras.

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Como o Hedge Cambial pode influenciar nas operações de comercialização internacional?

De maneira geral, quando uma empresa negocia produtos no mercado externo é preciso analisar tudo minuciosamente, verificar aspectos como preço de produção, tarifas atreladas ao processo, impostos da modalidade, margem de lucro e também taxa cambial, sendo este o ponto principal, pois contempla uma variação muito grande e pode trazer altos riscos em qualquer aspecto, seja para importação ou exportação.

Através do hedge cambial é possível fazer uma estimativa, uma projeção a longo prazo, de como estará o valor do dólar em determinado período futuro, e assim avaliar quais serão os riscos envolvidos.

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Importação x exportação: como funciona o hedge cambial em cada caso?

Hedge Cambial na importação

Aqui o hedge cambial promove previsibilidade quando houver um pagamento futuro de determinado produto a ser importado. Quanto menor o valor do dólar neste caso, maiores são as vantagens.

Na prática vamos utilizar um exemplo de uma empresa importadora que deseja firmar um contrato específico, de longo período, com uma grande rede de farmácias para importação e revenda, bem como para o abastecimento de produtos da mesma.

Como se trata de um acordo de operação contínua, é importantíssimo se fazer a análise de hedge cambial, com o intuito de fazer uma projeção de quanto tempo será possível manter determinado preço no mercado para saber se valerá a pena importar ou não a mercadoria.

É claro que o hedge não é feito em qualquer momento ou em qualquer situação. Empresas que usualmente importam, mas que não tem um contrato firmado com qualquer empresa aqui no Brasil, precisam sim se preocupar em trabalhar num hedge mais natural e de acordo com a volatilidade do mercado.

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Hedge Cambial na exportação

Já no caso da exportação a lógica é ao contrário. Para se ter vantagem, quanto maior a cotação do dólar, maior é também o lucro. Logo, caso ocorra uma operação de contrato extensa, se busca fazer o hedge no intuito de assegurar o valor maior ou, pelo menos igual, ao do período de inicial de cotação do processo de exportação. 

Por exemplo: Ao se fazer a exportação de commodities, utilizando o arroz como referência, a empresa exportadora busca fazer um hedge cambial considerando sempre a taxa de dólar mais alta, buscando por importadores no mercado externo que tenham interesse em comprar o produto no preço sugerido.

Considerando que se trata de uma exportação com milhares de toneladas de arroz e com um preço fixo, já negociado no início da operação, o qual envolveu um planejamento minucioso de custos sobre o produto, se houver queda no dólar durante o processo e não tiver optado pelo hedge cambial, o prejuízo para a companhia pode ser enorme.

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Como ocorre a contratação do hedge cambial?

É possível fazer hedge cambial atualmente através de instituições financeiras, na qual a companhia já promova operações de fechamento de câmbio.

Habitualmente, a grande parte dos bancos disponibiliza também este serviço, principalmente por já haver um vínculo com a pessoa jurídica, proporcionando inclusive condições melhores e mais vantajosas.

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Conteúdo por Daniel Staudt

Executive Sales 3S CORP

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